No caminho para a realização profissional, muitos obstáculos precisam ser vencidos. Por isso, é fundamental entender como lidar com a insatisfação profissional e tratar desse problema de maneira adequada.
É comum, em qualquer altura da vida, que você se sinta frustrado com seu trabalho. A insatisfação profissional atinge colaboradores dos mais diferentes setores econômicos que, por consequência, passam a ter um comportamento considerado negativo frente ao seu momento profissional.
Já reparou como, às vezes sem nem perceber, você começa a procrastinar, levar a carreira com a barriga sem se preocupar com as consequências? Ainda, você cria o hábito de tratar de assuntos pessoais e esquece da vida profissional? Pois é, esses são sintomas claros de profissionais desmotivados.
Muitas incertezas e frustrações podem surgir ao longo da construção de sua carreira como profissional. Afinal, nem sempre o nosso trabalho é aquilo com que sonhamos lá atrás, ainda na juventude.
“A insatisfação em relação a sua ocupação pode ter diversos pontos de origem”.
Como lidar com a insatisfação profissional?
O estresse aliado às cobranças exageradas pode ser um dos principais indícios da insatisfação profissional. Por outro lado, a tristeza frequente também pode fazer com que o trabalhador se sinta desmotivado em sua carreira atual.
Ganhos financeiros baixos e o acúmulo de horas trabalhadas, como sabemos, nem sempre são remuneradas, também geram desânimo. Outro fator desmotivador é a dependência na carreira, ou seja, quando o profissional sabe que sua carreira não vai evoluir, seja acreditando que não existe outras opções ou por qualquer outro motivo. Todos esses exemplos podem acontecer de maneira isolada ou, ao mesmo tempo.
Soma-se a isso a falta de reconhecimento, que é comum na carreira profissional, e, ainda, os problemas e dificuldades pessoais e pronto: surge a insatisfação profissional. O sentimento mais comum é de que uma mudança na carreira é necessária, mas nem sempre o profissional o que fazer e como agir.
Reconhecendo a origem do problema
O primeiro passo para lidar com essa situação é identificar a origem do problema. Você está insatisfeito? Então, comece a observar o que causa esse sentimento negativo no seu dia a dia. São as tarefas a serem executadas? O medo de mudar, que gera ansiedade? Um sentimento de estar perdido se fosse obrigado a parar o que está fazendo atualmente?
“É sabido que encontrar uma carreira profissional perfeita é uma tarefa difícil e quase impossível. Sempre alguma coisa poderá causar incômodo, afinal, nem todo indivíduo carrega consigo uma visão a respeito do mundo trabalho. Assim, para superar essa fase de desmotivação, você pode se apegar aos aspectos positivos da sua carreira — depois de encontrar a origem do sentimento, é claro.
Cultive as relações interpessoais existentes em sua relação com o trabalho. Jamais deixe de aprender novas habilidades, sejam essas da sua área ou não. E, por fim, talvez a dica mais importante seja a necessidade de se refletir sobre quais mudanças a sua carreira profissional está exigindo. Você pode inclusive começar por pequenas transformações capazes de deixar seu dia a dia mais produtivo.
Como saber a hora certa de procurar novos desafios?
A desmotivação no trabalho é mais comum do que pensamos e, por vezes, não é somente uma fase passageira. Em alguns casos você precisa analisar se não chegou a hora de procurar um novo caminho. Se perceber, por exemplo, que a sua área de atuação está mudando e não há mais como se manter fazendo aquilo, comece a redirecionar sua energia.
Também se você está se sentindo entediado e sabe que não há mais o que aprender no atual trabalho, é hora de procurar por novos desafios. Ainda, observe se a sua saúde, física e mental não está dando sinais de que é hora de trocar de trilho.
Você se sente sempre cansado, tem pesadelos ou crises de ansiedade? Se as suas respostas foram positivas, você provavelmente precisa procurar novos desafios em sua carreira.
Quando a insatisfação no trabalho é mais comum, em níveis de formações mais elevadas ou mais baixas?
A insatisfação no trabalho pode afetar o comprometimento de qualquer profissional, independentemente da ocupação desse. Afinal, as pessoas podem se sentir motivadas pelos mais diversos fatores, seja remuneração, prazer no que faz, níveis de aprendizado, desafios constantes, entre outros.
Contudo, quem possui formação específica em uma área, como uma pós-graduação, e não conseguiu desenvolver-se profissionalmente pode ser mais facilmente influenciado pelos aspectos negativos na vida profissional. Isso, porque, é mais comum que esses profissionais almejem melhores posições, reconhecimento e ganhos financeiros mais altos.
A insatisfação no trabalho é igual em todas as gerações?
Em algumas gerações podemos encontrar profissionais mais conformados, por assim dizer. Ou seja, esses profissionais construíram a percepção de que suas carreiras não têm para onde progredir — inclusive pode ser que isso aconteça frequentemente com profissionais da geração X, que sempre exerceram as mesmas atividades.
Por outro lado, outras gerações percebe-se profissionais com maior anseio por crescimento, que se mantém em busca de qualificação por meio de estudos podem se sentir desmotivado mais facilmente.
“Concluindo, cada pessoa possui sua individualidade e anseios. Dessa forma, o nível de insatisfação é diferente e pode ser motivado por diversos fatores e em várias situações. Por isso, se você se sente infeliz com sua atual ocupação, saiba que não é o único e que tal sentimento pode ser melhor compreendido e tratado da melhor forma possível."
Para se tornar bem-sucedido em sua carreira é indispensável identificar o problema da insatisfação, compreender e elaborar um plano sólido e objetivo. Isto é, você precisa saber onde quer chegar e criar novas oportunidades de desenvolvimento e sucesso profissional. Precisa de ajuda em seu momento atual?
Bruno Cunha, Headhunter & Consultor de Carreira. Especialista em atendimentos profissionais que tem por objetivo contribuir para o gerenciamento de carreira: mudança de área, alcance de melhores ganhos financeiros, desenvolvimento de carreira e recolocação profissional. Nos últimos 17 anos, desenvolveu métodos de diagnósticos profissionais capazes de identificar as necessidades individuais de centenas de profissionais.
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